.
Entre lãs e linhas nasci:
Minha mãe tecia com lãs.
Meu pai escrevia nas linhas
Acostumei-me às lãs,
Tanto quanto às linhas.
Numas tecia,
Noutras escrevia.
Enquanto nas lãs tecia,
E trabalhos produzia,
Nas linhas, lia
E aprendia.
Tornei-me, assim, tecelã
De lãs e de linhas.
Ora há, em que a lã
Direciona minhas mãos.
Outras, em que a linha,
Direciona meus pensamentos.
Jamais me canso das lãs,
Jamais me aparto das linhas.
Minha mãe já não tece as lãs,
Meu pai ainda escreve nas linhas.
Eu, contudo, continuo
Tecendo lãs e declinando linhas.
.
Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida
Minha mãe tecia com lãs.
Meu pai escrevia nas linhas
Acostumei-me às lãs,
Tanto quanto às linhas.
Numas tecia,
Noutras escrevia.
Enquanto nas lãs tecia,
E trabalhos produzia,
Nas linhas, lia
E aprendia.
Tornei-me, assim, tecelã
De lãs e de linhas.
Ora há, em que a lã
Direciona minhas mãos.
Outras, em que a linha,
Direciona meus pensamentos.
Jamais me canso das lãs,
Jamais me aparto das linhas.
Minha mãe já não tece as lãs,
Meu pai ainda escreve nas linhas.
Eu, contudo, continuo
Tecendo lãs e declinando linhas.
.
Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida
Um comentário:
olá,
também ando tecendo palavras.
Bonito texto.
Abraços.
Postar um comentário