Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.

Inajá Martins de Almeida

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"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.

(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)

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domingo, 25 de maio de 2008

LER ATRAVÉS DAS ENTRELINHAS

(Inajá Martins de Almeida)

Muitas vezes,
O que parece ser,
Na realidade,
Não é – está escondido
Por trás das linhas.

O texto,
Através das linhas,
Forma, então,
O contexto.
.

Nesse momento,
O pensamento
Do filósofo divaga
Sobre o texto.

E o poeta afaga
A alma, no contexto

Para se ler
Nas entrelinhas do texto,
É preciso saber,
Que por trás das linhas
O contexto
Se esconde.

Somente leitor
Contumaz,
Audaz,
Perspicaz,
Que acostumado fora
Às linhas do texto
E às entrelinhas do contexto,
Poderá ler
E compreender,
As artimanhas
Que se escondem
Por trás das linhas,
Através das entrelinhas.
.

Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida

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