por Inajá Martins de Almeida
Há dias nos vemos envolvidas em fuxicar. Os fuxicos nos encontraram e vieram para permanecer em nós.
Técnica desenvolvida por mulheres há mais de 150 anos em nosso país, em que os finais de tarde eram preenchidos por retalhos de conversas e mãos que tornavam pedaços de panos verdadeiras obras de arte, em dias atuais ganha adeptos por todos os cantos do planeta.
Fuxicos e fuxiqueiras mantém-se em dias atuais, em tradição que o tempo perpetua. Saem das portas das casas, adentram fios cibernéticos. Recriam-se entre mãos artesãs. Encontram passarelas, ornamentam espaços arquitetônicos. Profissionaliza e estabiliza economias domésticas. Decora. Redecora. Compõe. Recompõe. Harmoniza. Alegra ambientes. Tudo e muito mais os fuxicos proporcionam.
Às mãos que fuxicam o prazer das cores e movimentos,
transportam-se a horizontes inimagináveis que se revestem em criação,
equilíbrio, coordenação motora. A prática se torna cada vez mais necessária,
como o ar que se respira.
Eis que fuxicos chegaram e, sem dúvida, devem permanecer e
se multiplicar.