
(Inajá Martins de Almeida)
Das lembranças da infância,
Pude retalhos recolher,
Ora, de panos de lã,
Ora, de contos de linha.
.
Das lembranças da infância,
Pude retalhos recolher,
Ora, de panos de lã,
Ora, de contos de linha.
.
As linhas, dos contos de fada,
Criavam retalhos de sonhos:
Pedaços coloridos de lã,
Que, aos poucos, a colcha formava.
Menina, então, crescia
Entre a fantasia da linha,
Entre a magia da lã.
Logo, a mulher desabrocharia,
A boneca de lã, num canto, deixaria,
A palavra, na linha, encontraria.
Os retalhos, amealhados, juntaria,
Retalhos coloridos:
Dos contos de fada, na linha;
Das tramas dos pontos, na lã,
Aos poucos,
A colcha de retalhos teceria,
Com pedacinhos de lã,
Com lembranças da linha,
E, enquanto,
Os retalhos de lã
um corpo frio aqueceria,
pedacinhos de linha
Alma contrita, acalentaria.
Criavam retalhos de sonhos:
Pedaços coloridos de lã,
Que, aos poucos, a colcha formava.
Menina, então, crescia
Entre a fantasia da linha,
Entre a magia da lã.
Logo, a mulher desabrocharia,
A boneca de lã, num canto, deixaria,
A palavra, na linha, encontraria.
Os retalhos, amealhados, juntaria,
Retalhos coloridos:
Dos contos de fada, na linha;
Das tramas dos pontos, na lã,
Aos poucos,
A colcha de retalhos teceria,
Com pedacinhos de lã,
Com lembranças da linha,
E, enquanto,
Os retalhos de lã
um corpo frio aqueceria,
pedacinhos de linha
Alma contrita, acalentaria.
.
Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário