
A lã, que tece o agasalho;
A linha, que compõe o texto.
.
O texto da lã, na linha!
O texto da linha, na lã!
A lã que passa p’ra linha;
A linha contida na lã.
Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida
Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.
Inajá Martins de Almeida
___________________________
"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.
(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)
A lã, que tece o agasalho;
A linha, que compõe o texto.
.
O texto da lã, na linha!
O texto da linha, na lã!
A lã que passa p’ra linha;
A linha contida na lã.
Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida
Nesse momento,
O pensamento
Do filósofo divaga
Sobre o texto.
E o poeta afaga
A alma, no contexto
Para se ler
Nas entrelinhas do texto,
É preciso saber,
Que por trás das linhas
O contexto
Se esconde.
Somente leitor
Contumaz,
Audaz,
Perspicaz,
Que acostumado fora
Às linhas do texto
E às entrelinhas do contexto,
Poderá ler
E compreender,
As artimanhas
Que se escondem
Por trás das linhas,
Através das entrelinhas..
Poema extraído do livro "ENTRE LÃS E LINHAS" de Inajá Martins de Almeida