Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.

Inajá Martins de Almeida

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"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.

(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

UMA PRECE

Inajá Martins de Almeida


Cada ponto tece a linha
cada linha um conto
um conto faz de conta.

A conta leva o tempo
cada tempo faz seu canto
cada canto seu encanto.

E a linha que a renda tece
também no texto aparece
a linha que o sonho embala.

A alma do poeta cala
a voz que encanta
sonora melodia - uma prece.


Bicos de croche em toalhas de banho e rosto
trabalhado por Inajá Martins de Almeida

Foto Elvio Antunes de Arruda - dezembro 2009

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